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Hebe Mattos  
Hebe Mattos é professora titular livre na Universidade Federal de Juiz de Fora, com atuação no programa de pós-graduação em história dessa universidade e da Universidade Federal Fluminense. É autora, entre outros livros, de Ao sul da história: lavradores pobres na crise do trabalho escravo, Das cores do silêncio: os significados da liberdade no Sudeste escravista, Escravidão e cidadania no Brasil monárquico, e codiretora do documentário Passados presentes: memória negra no sul fluminense.

Fábula: do verbo latino fari, “falar”, como a sugerir que a fabulação é extensão natural da fala e, assim, tão elementar, diversa e escapadiça quanto esta; donde também falatório, rumor, diz que diz, mas também enredo, trama completa do que se tem para contar (acta est fabula, diziam mais uma vez os latinos, para pôr fim a uma encenação teatral); “narração inventada e composta de sucessos que nem são verdadeiros, nem verossímeis, mas com curiosa novidade admiráveis”, define o padre Bluteau em seu Vocabulário português e latino; história para a infância, fora da medida da verdade, mas também história de deuses, heróis, gigantes, grei desmedida por definição; história sobre animais, para boi dormir, mas mesmo então todo cuidado é pouco, pois há sempre um lobo escondido (lupus in fabula) e, na verdade, “é de ti que trata a fábula”, como adverte Horácio; patranha, prodígio, patrimônio; conto de intenção moral, mentira deslavada ou quem sabe apenas “mentirada gentil do que me falta”, suspira Mário de Andrade em “Louvação da tarde”; início, como quer Valéry ao dizer, em diapasão bíblico, que “no início era a fábula”; ou destino, como quer Cortázar ao insinuar, no Jogo da amarelinha, que “tudo é escritura, quer dizer, fábula”; fábula dos poetas, das crianças, dos antigos, mas também dos filósofos, como sabe o Descartes do Discurso do método (“uma fábula”) ou o Descar­tes do retrato que lhe pinta J. b. Weenix em 1647, segurando um calhamaço onde se entrelê um espantoso Mundus est fabula; ficção, não ficção e assim infinitamente; prosa, poesia, pensamento.

Projeto editorial de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

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O engenheiro abolicionista
1. Entre o Atlântico e a Mantiqueira — Diários, 1883-1884

André Rebouças
Organização de Hebe Mattos

Chão Editora
 

O engenheiro abolicionista: 1. Entre o Atlântico e a Mantiqueira Diários, 1883-1884 é o primeiro volume dos diários de maturidade de André Rebouças, um dos principais intelectuais negros brasileiros, pioneiro na introdução e no ensino da engenharia civil no Brasil.

R$ 130,00
 
Cartas da África:
registro de correspondência, 1891-1893

André Rebouças
Organização de Hebe Mattos

Chão Editora
 
O engenheiro André Rebouças é um dos mais importantes intelectuais negros do século XIX. Foi parte da vanguarda do movimento abolicionista junto a outros ativistas negros e livres, e figura de ligação do movimento social com o mundo político oficial. Liberal monarquista, notabilizou-se na defesa de projetos para a modernização do país, entre os quais se incluíam a abolição da escravidão sem indenização aos “proprietários” dos escravizados, o estímulo à imigração, o acesso à terra pelos recém-libertos e a democratização da propriedade fundiária.
R$ 88,00

 
     
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